BECO DO ENGANO

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  Novelas e Memórias

  A MORTE SÃO QUATRO NOITES

  Ao contrário da maior parte da “literatura de viagens” deste e do último século, a longinquidade (hostilidade, inospitalidade) do lugar não se limita a ser o cenário exótico para uma acção em que se articulam e tensionam valores transportados do Ocidente…

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  MACAU AOS QUADRADINHOS

  Um pedaço da história recente de Macau, em que o acto da escrita muitas vezes coincide com os acontecimentos e outras os antecipa, prevendo-lhes as consequências. (João Fernandes) enganou-se algumas vezes. Poucas. (Do Prefácio)

  Os duzentos “quadradinhos” são acompanhados de textos introdutórios para situar o leitor no tempo, e enriquecidos pelo humor dos cartoons de Augusto Cid.

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  AS PORTAS DO CERCO

  Macau, simbolicamente separado da China pela Porta do Cerco, não é apenas um pretexto, um cenário, uma referência exótica. É, mais do que um espaço geográfico, um “padrão vivo”, com uma história própria, os seus deuses e as suas superstições, uma singular forma de estar e conceber o mundo e a existência, um rosto, um corpo. Macau é, assim, neste livro, uma personagem principal.

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  CONTOS DE OU‐MUN

  Macau é, em fundo, a grande personagem destas histórias. António Correia quase percorre todo o território, no espaço e no tempo, ora recordando, ora constatando, ora projectando. Numa prosa plástica e colorida, quer exteriormente, quer no interior das personagens. Macau está presente, ironicamente, umas vezes, cruelmente, outras, romanticamente, também. Mas ressalta sempre a enorme ternura do autor pela geografia física e humana do espaço.

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  A REPÚBLICA DE MACAU: HISTÓRIA AMENA

  Crónica de uma “república“ ao estilo coimbrão, numa Macau de finais do século passado, onde (…) não há escândalos. Há lances de energia, de táctica administrativa, de economia política bem compreendida; o que não há é Panamás; ou, se os houve, eram Panamás em que os roubados eram os ministros e os ladrões os administrados.

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  HISTÓRIAS VIVIDAS E CONTADAS

  Segundo o autor, um livro de histórias, nalguns casos, bem conhecidas, embora, por vezes, sejam apresentadas com nuances, numa clara evidência do velho aforismo “quem conta um conto, acrescenta um ponto.” Um exercício de memória que, por um lado, permitirá compartilhar, com alguns, um passado comum e, por outro, proporcionar-lhes uma ideia do que, em determinada época e lugar, se passou.